Tudo começou em um programa de rádio em Belo Horizonte a muitos anos atrás quando eu, Carlos Santa Rita fui comunicador nas manhãs da Rádio Grande BH AM. Na época era emissora mais potente do Estado de Minas. Era preciso inovar e criar novos conteúdos para crescer a audiência, comecei contando umas piadas no meu programa, mas evidente que outros artistas contavam muito melhor, até porque é difícil alguém sério fazer os outros rirem, mas eu conheci e trabalhei com um humorista que era sério que ao vestir o personagem ninguém mais via o Chico Anízio, para mim o maior ator brasileiro de todos os tempos. Eu queria um diferencial e comecei a treinar e fazer todas as vozes dos personagens das piadas e até o apresentador. A Turma do Zé Guela só tem piadas de salão, sem uso de apelações ou palavrões porque fazer humor usando palavrões é bem mais fácil, 50% da piada está ganha. Agora o mais difícil no caso da Turma era situar os personagens no ambiente e fazer o ouvinte imaginar, e depois então jogar a bomba! Eu recrio os textos que existem por aí e que não tem autores. Como dizia o Chacrinha, que também trabalhei com ele “na vida nada se cria e tudo se copia”. Este conteúdo de humor para o rádio até hoje foi o único nacional veiculado numa emissora de rádio no Reino Unido, em Portugal em Lisboa e até hoje está no ar na Rádio Morabesa na África do Sul. Espero que deem boas gargalhadas pois o mundo precisa de alegria.