Como escreveu Silviano Santiago, não é aos cadáveres que Annalu Braga dedica Olhos de vidro. Dedica-o aos fantasmas. Façam-se, pois, ouvintes, fantasmas, se já não o forem, ao decidir entrar no universo de perseguição e violência e na trama de culpa e remorso, de vingança adiada, das dez narrativas de Olhos de vidro.