"Já passou o tempo em que ninguém se atrevia a entrar em um hospital de doidos, receoso de penetrar em enxovias, em gaiolas de ferro, onde eram encarcerados os míseros, como se fossem feras." Nestes trechos, Moreira de Azevedo revela os bastidores da fundação do Hospício de Pedro II, primeiro centro especializado em saúde mental do Brasil, inaugurando uma nova era no tratamento da loucura.
Com um olhar sensível e rigor documental, o autor retrata os avanços e contradições de um tempo em que o cuidado com os doentes mentais começava a abandonar o medo e a violência para dar lugar à compaixão e à dignidade. Ao narrar esse marco histórico, Moreira de Azevedo nos convida a refletir sobre os limites entre razão e desrazão, progresso e exclusão.