Este é um retrato, insuficiente, como tudo só pode ser ao se falar de Friedrich Wilhelm Nietzsche, o filósofo do ódio e da beleza e da Arte por excelência. Sua insuficiência não repousa no fato de este retrato ter sido pintado em poucas linhas – já que volumes inteiros não conseguiram, até hoje, desvendar todas as facetas do pensamento e da intuição do homem que conseguia amar o Belo, os pré-socráticos e a cultura helênica, ao mesmo tempo em que amava as guerras e abominava personagens como o historiador grego Xenofonte. Ela repousa na própria complexidade do filósofo, escritor que precisou apenas de si como personagem, e com esse material único moldou o triunfo e a tragédia da sua vida e de seu pensamento.