"Imagine (...) dezoito ou vinte mulheres idosas, metidas entre quatro paredes úmidas e regeladas, sem agasalho, sem lume para se aquecerem, sem pão para se alimentarem, sem energia na alma, e sem forças no corpo, comparando o passado, sentindo o presente e antevendo o futuro." Assim é expressa a indignação do autor perante o descaso com as mulheres do Convento do Lorvão, comparando sua situação com a dos religiosos homens... A carta que constitui esse texto extraordinário é também um bálsamo aos leitores que apreciam o cultivo da língua portuguesa: de autoria de Alexandre Herculano, um dos mais proeminentes escritores portugueses de todos os tempos, ela tem um inegável viés literário!