“A princesa de Babilôniaz” é uma novela de leitura agradável, além de extremamente instrutiva. Voltaire apresenta, concomitantemente: amor ingênuo e puro, amor carnal, fidelidade e traição, amizade, ódio, vingança, inveja, prazer e dor, guerras, mortes, ressurreição, afeição e respeito pelos animais.
O jovem herói Amazam se apaixona por Formosante, a princesa da Babilônia. Julgando-se traído resolve correr o mundo e Formosante sai em busca dele para desfazer o equívoco e comprovar sua fidelidade. É o recurso que Voltaire emprega para descrever os costumes e instituições de inúmeras nações e culturas da antigüidade e, como sempre, criticá-las com ironia e acidez.
O autor, nesta obra, é um pouco parcimonioso em sua s irreverências, mas não deixa de ser cáustico algumas vezes. Sobre as batalhas, tão freqüentes na antigüidade com o hoje, Voltaire é incisivo: os homens que comem carne e tomam beberagens fortes têm todos um sangue azedo e adusto, que os torna loucos de mil maneiras diferentes.