Inspirado na história de Irena Sendler, enfermeira e assistente social polonesa que ajudou a salvar milhares de crianças judias durante a Segunda Guerra Mundial, A órfã de Varsóvia é mais uma obra arrebatadora de Kelly Rimmer – um spin-off de seu celebrado romance Verdades esquecidas.
Na primavera de 1942, a jovem Elżbieta Rabinek percebe um atrito crescente do lado de fora de sua confortável moradia em Varsóvia. Ela não gosta muito dos alemães que patrulham as ruas e impõem toques de recolher, mas nunca pensou muito sobre o que acontecia por trás dos muros que confinam seus vizinhos judeus. Ela conhece muito bem a brutalidade alemã, e é por esse motivo que deve ocultar sua verdadeira identidade – Emilia Slaska. Mas ao fazer amizade com Sara, uma enfermeira que mora no mesmo andar que ela, Elżbieta faz uma descoberta que a conduz a um mundo perigoso de mentiras e heroísmo.
Usando as credenciais de Sara para tirar crianças às escondidas do gueto, Elżbieta fica cara a cara com a realidade da guerra por trás dos muros e com o dilema da família Gorka, que deve tomar a impossível decisão de entregar sua bebê recém-nascida para adoção ou vê-la morrer de fome. Para Roman Gorka, essa injustiça final o impulsiona a se rebelar com um fervor que nem seu novo amor por Elżbieta pode reprimir. Mas seu descuido acaba por gerar uma atenção indesejável, colocando sem querer Elżbieta e sua família em risco, até que um ato de violência ameaça a chance deles de conquistar a liberdade para sempre.
Da ocupação nazista à ameaça de um regime comunista, A órfã de Varsóvia é a inesquecível história da arriscada tentativa de Elżbieta e Roman de recuperar o amor e a vida que eles conheciam antes da guerra.
Com a palavra, a autora:
Em 2018, fui convidada a falar em um clube do livro perto da minha cidade natal. Assim que cheguei, juntei-me a uma animada conversa sobre histórias de família — um dos principais temas do livro que eu estava lá para discutir, Verdades esquecidas. Uma das associadas do grupo contou a história de um bebê retirado às escondidas de um gueto na Hungria dentro de uma mala. Achei isso particularmente fascinante porque, quando comecei a planejar Verdades esquecidas, havia considerado uma estrutura diferente, com um foco maior em Emilia (que acabou se tornando uma personagem secundária naquele livro). Eu tinha planejado fazê-la deixar a sua vila natal para trabalhar no resgate de crianças do gueto de Varsóvia, como a heroína da Resistência polonesa Irena Sendler. Durante o processo de escrita do primeiro rascunho daquele livro, percebi que precisava manter o foco da história em Tomasz e Alina, então refiz a estrutura e descartei aquele subenredo. Entretanto, no clube do livro em 2018, comecei a pensar de novo naquela outra ideia pela primeira vez em anos. Enquanto almoçávamos, uma das mulheres me perguntou se eu já tinha pensado em escrever uma sequência para Verdades esquecidas. Já haviam me perguntado isso antes, então forneci a minha resposta padrão — não, porque sentia que tinha ligado todas as pontas soltas da história de Tomasz e Alina. ‘Bem, então o que aconteceu com Emilia?’, ela perguntou. ‘Você não pode escrever a história dela em seguida?’. Algumas vezes sua musa sussurra, em outras ela grita. Em retrospecto, vejo que não consegui encaixar mais da história de Emilia em Verdades esquecidas porque ela precisava ser a estrela do seu próprio livro. Aqui está! Eu amei escrever este livro e espero que vocês também apreciem a leitura.”