Edição digital de Viventes das Alagoas. Lançado postumamente, a obra é uma reunião de textos que misturam crônica, ensaio e ficção. O livro integra o projeto de reedição de toda a obra de Graciliano Ramos, supervisionado por Wander Melo Miranda, professor titular de Teoria da Literatura da Universidade Federal de Minas Gerais.Os textos híbridos que compõem Viventes das Alagoas fazem parte das colaborações de Graciliano para a imprensa a partir de 1937. Considerado um subversivo pela ditadura do Estado Novo, o velho Graça é preso em 1936 em Maceió, e transportado para o Rio de Janeiro, onde é libertado apenas em 1937. Fixado na cidade desde então, o autor de Caetés e Angústia passa a escrever artigos para revistas como O Cruzeiro, Cultura Política e jornais como Diário de Notícias e A Tarde.O livro traz ainda em suas páginas finais, relatórios feitos por Graciliano quando prefeito de Palmeira dos índios (AL). A linguagem burocrática e formal, característica desses documentos, é substituída por notas irônicas e sarcásticas, além de rasgos literários que simbolizam o ingresso de Graciliano na literatura.