Os poemas desse minúsculo livro chamado Um Poeta de Dezesseis Anos revelam as impressões de um poeta de dezesseis anos. Tudo o que vai revelado aí são confissões de um coração adolescente que deveriam ter sido escritas na época dos meus dezesseis anos, quando você rabisca algumas infantilidades num pedaço de papel e se julga um grande poeta. Bom... naquela época eu me considerava um gênio incompreendido — e confesso que muitas vezes ainda hoje eu também me considero assim. Na minha adolescência eu conheci os Poetas Românticos — e não sei se aquilo foi algo realmente bom para mim, pois desde então me julguei um escritor mais ou menos e encasquetei na cabeça essa coisa louca e incompreendida de ser poeta. Digo coisa louca e incompreendida pois os poetas de verdade são seres incompreendidos — são como o Albatroz do poema de Baudelaire: as asas de gigante o impedem de caminhar de forma normal entre a Humanidade