A Teologia da Prosperidade toma forma na cultura americana sob influência de alguns movimentos e foi alimentada pelo ideal capitalista, onde o poder de consumo de bens materiais assume o papel de condicionantes de uma vida próspera e por isso feliz. Sua teologia posiciona-se contra o problema do mal, sendo identificado como o sofrimento humano. Entretanto, espiritualiza o sofrimento e constrói um discurso onde este só tem lugar na vida daqueles não possuem fé suficiente, pois aos que têm fé, são reservados os cumprimentos das promessas bíblicas. Deste modo, alimentam frustração naqueles que não conseguem libertar-se de seus sofrimentos. Porém, cristãos contemporâneos têm percebido o poder destruidor contido nesta teologia, levantando-se por isso contra ela. No segundo capítulo, a pesquisa sobre o texto bíblico mais usado pelos teólogos da prosperidade encontra em Isaías 53.4,5 (Servo do Senhor) sua base. Os teólogos da prosperidade apresentam um discurso onde: Deus perde Sua liberdade sob o determinismo humano; entende o direito como obtenção dos bens materiais da riqueza financeira e ausência de debilidades físicas; demonizam o sofrimento e ainda, não compreendem a dimensão e o tempo da promessa bíblica. Sob estas definições, o último capítulo apresenta uma confrontação crítica, onde os temas acima citados são compreendidos na perspectiva do Servo do Senhor em entender: Deus como autor e consumador da promessa e por isso livre; que o direito trazido pelo Servo remete a obtenção de dignidade humana; que o sofrimento é participação divina na situação humana e por isso demonstração de amor, sendo assim digno de imitação; e ainda, a promessa bíblica como superação do presente e principalmente visualização de um horizonte maior que propicia esperança àqueles que sofrem.