Ontem, dizia Santos, a técnica era submetida. Hoje, guiada pelos atores da economia e da política, ela é que submete. O homem se torna escravo da técnica. (SANTOS, 2008a). Assim, urge repensar a geografia. Colocá-la à serviço da sociedade, dominar as técnicas e colocá-las à serviço do bem comum. Uma geografia que seja refundada, inspirada na realidade do presente e que sirva, como assinala o autor, como instrumento eficaz, teórico e prático, para a refundação do planeta. Uma geografia do espaço banal, do espaço de todos. Não um espaço da segregação, da exclusão e do abandono. Trata-se de forjar um Estado forte e à serviço dos mais fracos e não do mercado e suas tiranias. Para tanto, faz-se necessário a compreensão de alguns conceitos e categorias que norteiam a ciência geográfica. Este era o nosso propósito lá atrás, mas que somente agora se materializa com esta edição revisada e ampliada.