O autor, Fábio José Vieira, Pratinha , em seus textos transcende, sempre. Sua natureza o faz sair da realidade, quando escreve. Porém, o mote continua lá na materialidade. E vai jogando nesse esquema, a sua inspiração dicotômica. Em poesia, o que recebemos como leitores não é interpretado ao pé da letra que visualizamos. O que se interpreta são os sentidos. Nos caminhos da poesia, então, vamos nos embalando. Neste livro, O amor no comando , o poeta diz de corpo e de alma, para nós que também somos de carne, osso, sangue, emoções e espírito. Na sua missão literária, ele se emociona e, não raro, nos emociona através das páginas que percorremos. No seu primeiro livro (com este já são onze) foi notado um certo estilo similar aos salmos bíblicos, através do qual navega em loas a uma musa, meio real e meio diáfana. Ela está sempre perto e, ao mesmo tempo, distante. Este é o mistério do barco onde o poeta timoneia a sua criação. Sente-se um estranho prazer neste mundo especial porque nos instiga a pensar. Mas a tendência é do leitor se embriagar, quando percebe que a proposta é essa de levar por caminhos desconhecidos. O que resta é, metaforicamente, sorver, sem pedir explicação. Para que? Cada um descobrirá, no seu tempo. Dica: Aqui nesta obra, O amor no comando , o poeta volta a salmodiar à sua amada e com força redobrada. (Luciana Carrero, produtora cultural).