Este livro foi ditado pela vontade de conceituar a mudança, estabelecendo, assim, condições para a psicoterapia exercer sua finalidade precípua: resolver os problemas do humano, estruturar unitariamente o ser-no-mundo, tanto quanto - talvez até principalmente - ao conceituar comportamento como movimento, quiséssemos instalar na psicologia uma visão mais congruente com seus objetivos.
Querer instalar na psicologia uma visão divergente das atuais é um propósito científico e nesse sentido não estamos escrevendo um livro, mas sim, uma tese.
É uma antítese - ainda que minoritária e não oficializada por instituições - às conceituações vigentes e padronizadas do homem, da loucura, do comportamento humano, sendo também o ponto de partida para um processo de mudança na psicologia. O que neste livro é desenvolvido é fundamental para responder às indagações vivenciais e teóricas de todos que trabalham com o humano, principalmente psicoterapeutas, não importando suas fundamentações teóricas, mas valendo muito sua condição de dinamização ou de estagnação, de abertura ou de fechamento, de preocupação com o conhecimento científico, com o profissional e relacional, ou com a manutenção de status profissional alcançado e adquirido.
Para quem tem problemas, para os clientes - não importando de que tipo de psicoterapeuta - este livro também é interessante por possibilitar conceitos e referenciais de escolha, de autocrítica, de questionamento, de autodeterminação para mudar, transformando-se e vivendo ou adaptando-se e sobrevivendo.