Na década de 40, o achado acidental de manuscritos bíblicos com mais de dois mil anos de idade, em uma época que o mundo estava sob intensas tensões e debates para decidir o futuro da nação de Israel, fez o mundo parar para contemplar esse achado. Esses manuscritos iriam fazer com que muitos céticos e críticos da Bíblia reconhecessem a fidelidade da transmissão do texto bíblico até os nossos dias. Esses pergaminhos também iriam revelar uma comunidade contemporânea aos tempos de Cristo, denominada “essênios”. Este trabalho tem como objetivo demonstrar ao leitor como surgiu a comunidade Qumrânica, e quais fatores levaram esse grupo a abandonar a civilização e viver em isolamento no deserto, bem como abordar alguns aspectos referentes ao cotidiano e as crenças desse povo, que embora fazendo parte de uma religião com um credo fixo e rigoroso, desenvolveram uma nova forma de interpretar as Escrituras, e uma maneira peculiar de descrever o Messias que se assemelha muito à visão do cristianismo primitivo. Este trabalho também visa descrever a história do descobrimento dos Manuscritos de Qumran, a batalha pela autenticidade e antiguidade dos pergaminhos, e o impacto que causaram no cristianismo moderno.