Para constituir libreto de ópera e de teatro, o autor adaptou texto bíblico homônimo com acréscimo de fragmentos de salmos, Apocalipse e Lamentações, apresentando o texto em português justaposto ao original em latim. Neste drama, Deus repara e elogia a integridade e retidão de Jó. Porém, Satanás deseja provar a superficialidade das virtudes de Jó, provocando-lhe dois assédios: no primeiro ato, Satanás recebe permissão para atacar os bens de Jó; no segundo, para atacar sua saúde. Surgem quatro amigos, que a acumulam a função de mensageiros nesta ópera: Elifaz, Baldad, Sofar e Eliú, os quais supostamente aparecem no intuito de aliviar as misérias de Jó; todavia, revelam-se injustos acusadores para forjar inúteis explicações sobre seus infortúnios, atormentando-o ainda mais. Mesmo lastimando-se de seu sofrimento, Jó mantém-se fiel a Deus suplicando uma resposta às suas queixas e rogando pelo Seu auxílio. Deus surge para julgar o caso: exalta Jó, recompensa-o pela sua fidelidade, expressa sua ira sobre os amigos injustos, mas promete-lhes indulgência mediante a piedosa intercessão de Jó.