Suprime a vida quem apenas vive Sem amar desmedidamente As coisas simples do mundo caquético. Em vão se busca aquilo que jamais Há de nos pertencer: a perfeição do eu. Com que intuito acabar uma obra E assim limitar pra sempre Seus mistérios, seus segredos, suas dúvidas. Porque quem ama não pode saber O que ama e assim deixar de amar. É mister desconhecer, descobrir é mundano. Coloca-te através de enigmas e verás Que poucos irão te complexar. Querer é desejo eufemismado E não confie em eufemismos. O tapa na cara te acorda e te dá a luz. O choro mostra que estais vivo.