A inovação tem sido apontada como o verdadeiro motor da economia. Muitos países de industrialização recente prosperaram no ranking das maiores economias ao optar pela inovação tecnológica, sobretudo, como base da produção industrial. Ao fazê-lo, esses países fizeram investimentos consideráveis na área da Educação. O Brasil é considerado late comer no processo de industrialização, que nos alcançou mais fortemente a partir da década de 1930. E como um país de industrialização tardia, e herança colonial na exploração de recursos naturais e produção agrícola, o Brasil vem caminhando lenta e gradativamente na difícil tarefa de criar uma infraestrutura eficaz na produção de conteúdo tecnológico. Mas, caminha com êxito em alguns campos da Ciência de Tecnologia. Como um dos maiores produtores de alimento do mundo, o Brasil tem alcançado reconhecido sucesso na pesquisa agropecuária, com a liderança da Embrapa, e na adoção de tecnologias digitais para monitoramento do plantio no campo e do trato animal, sendo a Agtech Valley de Piracicaba um exemplo de sucesso. O Nordeste brasileiro tem se destacado na produção de energia limpa e na área de serviços de Tecnologia da Informação e Comunicação, tendo o Porto Digital um dos exemplos mais consistentes em transbordamento de conhecimento das instituições de ensino para o empreendedorismo tecnológico inovador. Outro desempenho de alto impacto é o tecnopolo de Porto Alegre, vinculado à PUC-RS. Outros exemplos de sucesso são descritos na obra, revelando que esses ambientes de inovação são, de fato, propulsores dos avanços que o país e as localidades almejam para que possam, um dia, disputarem, com paridade de armas, sua inserção no seleto grupo de países desenvolvidos.