Mergulhado na carne, o homem tem por prioridade a satisfação dos sentidos do corpo, e mesmo quando amplia esses sentidos através do desenvolvimento de seu psiquismo, os atrela ao corpo, como se os componentes da psique fossem mera extensão do biológico. Esse quadro é gerador e mantenedor de três agentes degradantes do caráter humano: o materialismo, o egoísmo e a indiferença. O Espiritismo veio combatê-los mostrando ao homem que ele é alma antes que corpo, Espírito eterno criado por Deus, individualidade imortal e não corpo perecível, O Espiritismo veio demonstrar que a vida é a soma das diversas existências corporais do homem: que a fusão das personalidades é o desenvolvimento integral da individualidade, enfim, que a vida continua depois da morte e a reencarnação é instrumento utilizado por Deus para sua evolução. Levar o homem ao reconhecimento de sua imortalidade, à compreensão de que ele é uma alma é a primeira tarefa do Espiritismo, pois sem isso tudo o mais não fará sentido. Trata-se de espiritualizarmos o homem, e isso somente se conseguirá através de uma educação cujas bases estejam firmadas nos princípios que a Doutrina Espírita nos apresenta, entregando ao homem uma nova visão de si mesmo e da vida, de forma racional, lógica e ao mesmo tempo com sentimento, sensibilizando as fibras íntimas do ser.