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Escola pública e serviço social

Escola pública e serviço social

Sinopse

Sistematizar reflexões teóricas atribuindo densidade histórica à análise da realidade, a partir de dados empíricos, que possibilitam a visibilidade dos sujeitos atuantes nas áreas da favela e da educação pública, é uma tarefa desafiadora. É justamente com o enorme desafio de sistematizar reflexões a partir de uma realidade concreta, qual seja, a do trabalho de assistentes sociais na área da educação básica pública, que Francine Helfreich apresenta neste livro uma importante contribuição ao serviço social, estendendo-se aos trabalhadores da educação que atuam em escolas públicas e de todos que lutam por uma educação de qualidade, pública e socialmente referenciada por valores e práticas emancipadoras. Partindo de um robusto referencial teórico, a autora dialoga com autores medulares do pensamento marxista e realiza, em suas análises, mediações para compreender o trabalho, a educação e a profissão, desvelando as particularidades e contradições do chão da escola. Apresenta, ainda, elementos e reflexões sobre a educação popular e as escolas da favela atrelando às especificidades do fazer profissional dos assistentes sociais, como estratégia para pensar a realidade e os desafios postos à educação pública, tendo a escola como um contínuo espaço de construção, desconstrução e reconstrução. Este livro é uma síntese de acúmulos teóricos e políticos construídos pela autora, ao longo de sua vida profissional e de sua expressiva militância política, nas trincheiras das lutas comprometidas com a radical recusa à barbárie e a defesa intransigente de uma sociedade livre, igual e justa. Dentre as muitas contribuições assinaladas, suas reflexões revelam um profundo compromisso com as resistências mais profícuas dos trabalhadores, considerando esses sujeitos históricos e apontando para a permanente defesa de uma educação emancipadora. O texto da Francine nos provoca e nos convida a reafirmarmos ética e politicamente os acúmulos do projeto ético político, por meio de uma educação que não se furta a compreensão da processualidade histórica da luta de classe e ao compromisso histórico dos trabalhadores com os antagonismos e potencialidades do seu tempo. Eblin Farage e Ana Lívia Adriano