O segundo livro da trilogia nos leva ao sábado de Aleluia de 1934. Patrick (Paddy) Leigh Fermor, aos dezenove anos, avaliava sua situação, de pé sobre uma ponte no Danúbio, em Esztergom, cerca de quarenta milhas rio acima de Budapeste. Encontrava-se, agora, a meio caminho de seu objetivo, tendo viajado, quase sempre a pé, através da Holanda, Alemanha, Áustria e Tchecoslováquia, seguindo aproximadamente os cursos do Reno e do Danúbio, mas fazendo desvios e excursões alternativas sempre que lhe dava vontade. Viajou, em geral, sob duras condições, convivendo com mendigos, ciganos, fazendeiros e qualquer um que encontrasse nas estradas, mas de vez em quando se abrigava por alguns dias na casa de algum conhecido de índole hospitaleira, nem que fosse só para usar a biblioteca. Da ponte em Esztergom, na fronteira entre a Eslováquia e a Hungria, circundado por um enxame de cidadãos que se preparavam para as cerimônias da Páscoa, ele olhava, pela primeira vez, cheio de expectativa, para as seduções prometidas pela Europa Central – as bravatas românticas dos húngaros, as estranhas lendas e tradições da Transilvânia, a majestade selvagem do próprio Danúbio a fluir através de desfiladeiros, pântanos e florestas em direção ao Mar Negro.