Quando dei-me por ateu, ou aquilo que o rótulo denota, não senti-me estremecido pelas possibilidades que esta consciência me trouxe. Não pensei: agora, sim, sou um sujeito completo, pois todo o temor, o medo, a ignorância, foi posta de lado! . Nada disso. Quando descobri que não acreditar na existência de um deus, ou de qualquer outro, que não crer no sobrenatural, foi, somente, uma natural tendência daqueles curiosos que pedem um pouco de sentido para toda e qualquer afirmação que nos envolve (pois, como Carl Sagan, eu não quero crer, quero saber), todo o encanto quebrado pelas possibilidades do que é real se tornou nostalgia. Nada além.