Elizabeth Finch é professora de Cultura e Civilização para adultos de todas as idades. Uma mulher de presença vívida, reservada e autoritária, com caráter estoicamente singular, EF expõe ideias que desvendam antigas filosofias e exploram acontecimentos históricos decisivos que mostram como dar sentido à vida contemporânea.
Ao morrer, Finch deixa seus escritos e diários para um ex-aluno, Neil, que torna-se o historiador da professora e, a partir de uma investigação criteriosa dos mistérios de sua existência, compõe um retrato fragmentado daquela mulher enigmática que, com pontos de vista radicais, o inspirava e estimulava a todos a pensar de forma independente.
Como homenagem póstuma a EF, por quem Neil segue nutrindo um amor platônico, ele faz um estudo obsessivo de Juliano, o Apóstata, último imperador pagão de Roma e figura admirada por Finch, sobretudo por seu posicionamento desafiador ao pensamento monoteísta institucional que sempre ameaçou dividir a humanidade.
Em uma exploração lírica e instigante da dor e dos mitos coletivos da história humana, Julian Barnes nos brinda com um olhar sobre as formas nada ortodoxas que o amor pode assumir.
Elizabeth Finch é um tributo à filosofia, uma cuidadosa avaliação da história e um convite ao pensamento livre.