Ele era dado às inverossimilhanças, ou, como admitiu muitos anos mais tarde, era um pobre coitado que vivia de sonhos, incapaz de cometer um ato que fosse contrário à sua natureza. Quando criança, no período em que já era capaz de reproduzir as ações adultas, sempre que lhe mostravam um objeto qualquer e lhe perguntavam do que se tratava, ele respondia com um substantivo contrário ao real, para desespero do pai e sofrimento da mãe, que a tudo acompanhava calada, com receio que o julgassem excepcional.