Apesar do tema “dominação” ser bem atual, e ter vindo à tona mais popularmente com o lançamento do livro Cinquenta tons de cinza da escritora inglesa E. L. James, podemos dizer, que o desejo de possuir as mulheres dessa forma, e subjuga-las as suas vontades mais insanas, acompanha alguns homens desde o início da história. Como mulheres submetidas a tais situações, sentem um fascínio por esses cavalheiros tão envolventes, se tornando muitas vezes dependentes de seus desejos, apenas para tê-los? Tendo os seus corações arrebatados por quem as domina? A história nesse livro, demonstra exatamente isso, como esses sedutores são capazes de conseguir o que querem, da forma mais envolvente. E o personagem apresentado por mim, é Jack, um homem frustrado pela dor da rejeição. Ele se vê obcecado em castigar Alice por ter desprezado o seu amor, e todas as carícias que ele sonhava em compartilhar com ela. Agarrado a esse desejo, ele se põe a articular um plano maquiavélico para possuí-la, privando-a do que é tão valoroso para as donzelas da época. O livro é um romance de época, baseado em um dos tantos contos eróticos anônimos, que circulavam entre a aristocracia britânica no final do século XIX, e é descrito através das publicações em folhetins anônimos, muito comum na era vitoriana, por um suposto Jack, (claro que não é esse o seu nome), mas que quis expor através das suas publicações, como eram os seus encontros amorosos com mulheres ardentes, regado a luxúria, desejos obscuros, e puro sadismo.