O que está acontecendo com o cooperativismo do Brasil? As organizações oficiais do cooperativismo do Brasil estão deixando-o numa recessão, bem cruel, como se servissem do cooperativismo e não estivessem a serviço dele. É precária situação do cooperativismo do Brasil e especialmente a do ramo de trabalho e de serviços. O movimento cooperativista brasileiro tendo 40 anos, sob a égide da lei federal nº 5764/1971 – Política Nacional do Cooperativismo se estagnou nos últimos 10 anos, configurando-se como uma tendência ainda irreversível, pois veio de 7.551 em meados dos anos 2000 para 6.586 cooperativas em 2010/2011. Uma queda vertiginosa de 12,8% ou perda de 965 cooperativas. A participação das cooperativas na atividade econômica da nação está na faixa de 6% do PIB – com carga quase total das cooperativas agropecuárias. Em países europeus essa participação assume valores acima de 70% do PIB. Nestas condições, há muito espaço para o crescimento do número de cooperativas, nas mais variadas modalidades de objetivos sociais e segmentos específicos na economia nacional. Apesar da análise da OCB - Organização das Cooperativas Brasileiras - DF relatar ter havido o amadurecimento do processo e gestão das cooperativas, já que se perderam quase 1.000 cooperativas em cerca de 10 anos, como se argumentasse haver um mecanismo natural de seleção das melhores trata-se de argumentação falsa, já que o número total caiu em sua magnitude absoluta, não se tratando de mortalidade de negócios, quando este tem reposição de novos empreendimentos, mas sim um campo de negócios que vem perdendo o interesse de empreendedores em quererem trabalhar sob administração cooperativada. O cooperativismo no Brasil ainda é incipiente e amador. Podemos dizer que o país possui baixo domínio sobre as práticas cooperativistas, o que terminou por produzir muita precariedade operacional. Conheça nesta obra uma metodologia para a Certificação da Qualidade da Administração de Cooperativas Comunitárias, que visará expandir o Cooperativismo do Brasil.