A Cantata de Páscoa "Sofrimento, morte e ressurreição de Jesus de Nazaré nos Evangelhos" nasceu de um sonho que tivemos com uma melodia que ganhou a forma de "Milagres". O núcleo do sonho era a realização de doze músicas para grandes celebrações da Igreja Cristã. Duas estão concluídas. Faltam dez. Esta cantata fundamenta seu núcleo teológico nos quatro evangelhos do Novo Testamento. Começa na celebração de Jesus e seus discípulos da Páscoa Judaica, no cenáculo em Jerusalém. Nesse ponto, enfatizou-se o corpo de Jesus, como pão e como sangue, que dá vida a quem come do pão e se cobre com o sangue do Cordeiro. Em seguida, voltasse para a traição. Momento especialmente sensível da cantata. A nota de alegria, porém, é o "Amai-vos uns aos outros" como o novo mandamento àqueles que amam a Deus pela intermediação de Jesus Cristo e do Espírito Santo. O segundo movimento ocorre no Getsêmani. Uma dor aguda sacode a alma de Jesus e uma apreensão insuportável leva os discípulos a dormir. Esses elementos são traduzidos na beleza da melodia e no acompanhamento através de um trêmulo tocante. O movimento encerra-se com "um beijo é o sinal da traição", no qual se enfatiza perplexidade dos discípulos ao saberem que Judas é o traidor e que a traição foi concretizada com um beijo como sinal de identificação de quem era Jesus para aos soldados e sacerdotes não prenderem a pessoa errada. O movimento seguinte é o julgamento de Jesus cuja ênfase é o sofrimento de Jesus a favor da humanidade. Segue-se à "Via dolorosa" no encontro de Jesus com Maria, sua mãe, e com as filhas de Jerusalém. Momento especialmente tocante da cantata seja pela melodia, seja pelo tristesse, feito pelas mulheres, que se soma ao canto de Jesus. O próximo movimento da cantata ocorre na cruz. Cinco palavras são retomadas: "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem", "tenho sede", "Eloí, lama sabactani", "Está consumado" e "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito". A cantata aprofunda a sua sensibilidade no movimento que relembra o sepultamento de Jesus. Segue-se a "teofania" na qual se celebra a Ressurreição de Jesus Cristo e a nossa participação na Ressurreição. Obrigado por adquirir e levar a experiência profunda da cristologia à sua vida e à da sua comunidade de fé. Pr. Doutor Juscelino Silva