A passagem, embora historicamente breve, pela administração holandesa da região nordeste constituiu, no aspecto político, um exemplo negativo de como gerenciar um negócio economicamente lucrativo, a produção de açúcar. A confiança da Companhia das Índias Orientais na administração da região, por parte de João Maurício de Nassau, foi permeada por efeitos positivos e negativos. No aspecto positivo, o legado estrutural, sobretudo para a cidade de Recife, foi exemplo de uma gestão bem distribuída no que se refere às necessidades locais para transformar uma pequena vila em um importante centro urbano. Além disso, outras melhorias citadas no livro que beneficiaram o ciclo do açúcar na capitania de Pernambuco, também tiveram efeito positivo. Por outro lado, no que diz respeito à política, sobretudo na administração da capitania do Rio Grande do Norte, os efeitos foram antagônicos. A passagem dos holandeses pela região deixou grandes prejuízos para a administração portuguesa, tornando essencial sua retomada.