A vida moderna, especialmente em centros urbanos, está marcada por um alto nível de estresse que afeta profundamente a saúde física e mental das pessoas. Este estudo minucioso, realizado em Floriano, Piauí, investiga como adolescentes de uma cidade de médio porte no interior do Nordeste do Brasil percebem e interagem com ambientes que consideram restauradores.
Utilizando uma abordagem quali-quantitativa e uma estratégia multimétodos, o estudo incluiu a aplicação da Escala de Estresse Percebido, questionários e entrevistas com estudantes do ensino médio técnico, bem como visitas de campo e observações naturalísticas dos ambientes indicados como restauradores.
Os resultados revelam que, apesar de o nível de estresse percebido pelos adolescentes estar abaixo da média, muitos se consideram estressados devido à rotina escolar e familiar, com destaque para as jovens mulheres. Ambientes como a escola, a cidade e a residência foram identificados como espaços de restauração, juntamente com atividades como dormir, ler e praticar esportes. Essas descobertas apontam para uma inter-relação significativa entre ambiente e atividade, destacando a importância de espaços e práticas que promovam o bem-estar psicofisiológico dos jovens.
O presente estudo é uma leitura essencial para educadores, urbanistas, pais e todos interessados em compreender como criar espaços que contribuem para a saúde e bem-estar dos adolescentes em um mundo cada vez mais estressante.