Nossos dias são dos que caminham na superficialidade das coisas. Um mundo rápido demais que não permite tempo à imersão na realidade que as coisas exigem. Uma sociedade que anseia por brevidades, ciclos rápidos, sem dar tempo de maturação de nada. E em tudo que semeiam, germina e definha rápido como lavoura abandonada, sem atenção e paciência. Os sentimentos, os amores e os encontros estão assim, breves e a tona das coisas. Uma tentativa malograda de fuga da dor, pois muito maior que a dor de quem amou ou sente saudades é a dor de uma vida vazia de quem ficou sem boas memórias.