Este livro trata de quarenta pseudo-escritores, que muitos críticos consideram literatelhos, geralmente homens, velhos, ricos e reacionários. Um desses aldrabões, um poetastro maranhense, organizou, a mando da ditadura militar, a resistência à entrada para a Academia, de um poeta imenso, Mário Quintana. Um outro, lambe-botas dos poderosos de ocasião, ministro do Supremo Tribunal Federal, votou a favor da entrega de Olga Benário, grávida, à Gestapo. Um outro mais, deputado federal, assassinou a sangue frio um poeta, e foi absolvido. Paralisei o acompanhamento das movimentações da cadeiras, em protesto pela derrota de Conceição Evaristo para a grande atriz Fernanda Montenegro, que cairia muito bem como imortal em uma academia de artes cênicas, assim Ivo Pitangui, candidato natural à imortalidade em uma academia de ciências médicas.